segunda-feira, 15 de novembro de 2021

A importância do olhar e conexão constante do (a) constelador (a) como o interagente durante o processo das Constelações Sistêmicas

 



                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            Leonardo de Paiva                                                                                                                                              

Durante o processo da constelação, interagente, facilitador e representantes estão ligados, intimamente, pelo campo mórfico. Focar-se no olhar, expressões, sensações de todos tem uma grande importância e pode fazer a diferença entre uma boa condução do processo, ou só um momento de compartilhamento de emoções, com pouca repercussão sistêmica restauradora da “ordem”.




É importante salientar a diferença entre querer saber detalhes dos processos emocionais e relacionais, que não vão contribuir, em nada, na restauração da ”ordem sistêmica”, com a importância da constante verificação se o que está sendo reproduzido no campo faz sentido, ou não, para o interagente.

Durante o processo da constelação, é possível termos representantes que reproduzem, mentalmente, suas próprias histórias e não, necessariamente, estão reverberando com as necessidades e buscas de harmonização do interagente, daí a importância de estarmos atentos aos olhos, emoções, sessões do nosso cliente, que está sendo o principal objeto daquela constelação. É verdade que quando se abre uma constelação está se trabalhando um campo coletivo e a maioria dos representantes reverbera nos padrões de harmonização, mas há necessidade de termos um foco, um direcionamento e trabalharmos só aquilo que estamos autorizados a trabalhar.

Uma anamnese competente, antes da constelação, pode fazer a diferença na avaliação da necessidade de possíveis trocas de representantes no campo. Alguns consteladores podem até realizar uma constelação sem anamnese em situações especiais; cada caso é um caso, isto não é regra. Algumas coisas demandam flexibilidade, por não se encaixarem em modelos padronizados de comportamento. É preciso entender que cada pessoa possui raízes individuais, mesmo existindo uma intima conexão com as mesmas leis de harmonização sistêmica.


Normalmente, após uma constelação há a chamada reação da manifestação do futuro disponível, que é revelada por um estado geral de leveza e alívio que permanece, seguida de novos insights e imagens novas. Este é um importante sinal de que um novo estado geral passará a vigorar, como parte do seu novo processo. Porém também podem surgir alguns sintomas de limpeza, como diarreias, sonolência, choro... O que, aparentemente, pode parecer como uma piora, são, na verdade sinais de liberações de tensões psicossomáticas e de um quadro de melhora e de alívio estarão por vir.

Falar sobre essas sensações, com um terapeuta, pode ajudar o nosso interagem a entender melhor seus processos, porém retomar o que houve, durante a constelação, pode prejudicar a ordem atingida durante o processo. Essa avaliação de fronteiras do que ajuda ou pode dificultar deve ser a constante observância de um bom constelador (a).

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