por
Edilene Vilaça
Edilene Vilaça
Aqueles que conhecem os outros são sábios.
Aqueles que se conhecem são iluminados.
( Lao Tsu)
O texto escolhido
que debruçamo-nos em reflexão, de forma
breve, poderia ser incansavelmente explorado, por tratar-se de uma ferramenta
intimamente ligada as práticas que buscam a saúde integral, suprimindo o sofrimento
da alma(Psiquê) .
Iniciamos pela
Constelação Familiar, abordagem
sistêmica, que utiliza a técnica terapêutica criada por Bert Hellinger
(psicoterapeuta alemão), onde reconstruímos emocionalmente a nossa árvore
genealógica, que permite localizar e
remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família. E quando utilizadas com outros
estudos como a teoria dos "campos
mórficos" proposta pelo biólogo inglês e cientista Rupert Sheldrake,
onde esses são estruturas que se estendem no
espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo
material, em consonância com a Apometria , que é o processo de captação psíquica que
propicia o acesso a conteúdos inconscientes, com a TRT que possibilita a
reprogramação de memórias traumáticas e
outros sintomas, permitindo a ressignificação destes, apoiados pelos compostos florais entre outros,
indiscutivelmente conseguimos promover um casamento perfeito, com um olhar
holístico de ajuda verdadeira . A comunicação existente entre as técnicas
citadas, promove uma ressonância que conecta o paciente ao conflito,
trabalhando personalidades dissociadas e patologias na sua caminhada ao
processo de consciência, resolução e cura. Somos a soma de todas as nossas
partes, e essas partes formam o nosso todo.
A constelação consegue
demonstrar que desde muito cedo do planejamento, concepção e nascimento, muitas das dificuldades
pessoais e problemas de relacionamento são
resultantes de confusões nos sistemas familiares. Esta confusão ocorre
quando incorporamos em nossa vida o destino de outra pessoa viva ou que viveu
no passado, de nossa própria família sem estar consciente disto e sem querer.
Isto nos faz repetir o destino dos membros familiares que foram excluídos,
esquecidos ou não reconhecidos no lugar que pertencia a eles. Cada ser humano
carrega em si todas as informações sobre as vidas de seus antecessores, tanto
mental quanto físico. É o que chamamos de patrimônio e , é impresso nas
profundezas do nosso ser, em nossos genes e no inconsciente coletivo de nossa família
e isso é transmitido de geração em geração. Também é herdado: o caráter (bom ou
mau), certos gostos, tendências e comprometimento, assim como estados
depressivos, neuróticos, psicóticos ou obsessivos que caracterizaram alguns dos
antepassados. Estamos ligados a características e destino de muitas pessoas que
nos antecederam. Somos uma alma que é parte integrante de uma história que é
herdada de geração em geração; e que marca cada ser humano de forma particular.
Todas essas informações sobre a nossa história familiar estão ativas no
sistema, quer saibamos ou não. A história da nossa família está impressa em
nossas células levando a uma ordem que permite que a vida flua através de nós.
Esta ordem vai se traduzir em qualidades. Mas nós também herdamos os conflitos
não resolvidos que foram gerados dentro de nossas famílias. Pertencemos a uma
rede de energia ou campo, em que tudo e todos estão profundamente entrelaçados,
onde cada família possui um campo de ressonância própria, que define-se como a
“Alma da família”.
Toda família possui uma
estória com registros de algum evento agradável ou dramático, em que seus
participantes receberão os reflexos físico, emocional e espiritual.
Eventos que envolvem
padrões negativos que provocam sentimentos de vergonha, tristeza e dor,
alicerçados em eventos traumáticos, quando por tentativa de escondê-los ou
excluí-los, o fato toma força e será herdado pelas gerações futuras, que
vivenciarão “ uma repetição desse padrão inconscientemente”, como uma forma de
compensação a dor do campo familiar, ocorrido em gerações atrás(antepassados).
Nas especificidades que
cada núcleo família possui, existem também padrões de lealdade interna e seus
sistemas de acerto de contas, onde estes servem para equilibrar a dor e
manutenção “ da ordem das coisas” . Deste modo a família que decide manter ou
excluir, na tentativa de afastar sentimentos de vergonha, perigo, culpa entre
outros, estará violando as leis básicas do campo sistêmico, que inevitavelmente
causará ônus… desordem...desarmonia.
Na constelação familiar
compreende-se com consciência reconhecer as leis que refere-se ao ritual de
inclusão de quem está excluído, pois todos tem o direito de pertencer. O
equilíbrio do dar e receber e o respeito a hierarquia de tempo, onde os mais
antigos vêm primeiro.
Na construção de uma
constelação o que entra em foco são os fatores significativos que marcaram
determinada família e não o que cada um sente, pensa ou faz. Em seus estudos
Hellling, observou que alguns padrões negativos de vinculação dos membros de
uma família podem gerar emaranhamentos,
que por sua vez influenciam negativamente o comportamento dos descendentes ,
mesmo que estes não estejam envolvidos na origem do problema. Ele percebeu que
os sistemas se movimentam seguindo padrões, estabelecendo prioridades
específicas . Chamou de Ordem do Amor, e que este amor é cego, pois tanto cura
quanto adoece. E com isso, experimentamos sentimentos de termos sido
mantidos nos esquemas problemáticos desde tempos imemoriais.
Ao vir ao
mundo no seio de uma família, não herdamos somente um patrimônio genético, mas
também sistemas de crenças e esquemas de comportamento. Nossa família é um
campo de energia no interior do qual nós evoluímos. Cada um, desde seu
nascimento, ocupa um lugar único.
Nós somos
mantidos em nosso campo familiar pessoal e individual num nível determinado,
que entrava ou faz crescer a nossa disposição para sermos felizes, escolhermos
livremente, termos êxito naquilo que
empreendemos, para fazer durar os relacionamentos agradáveis, a saúde, o
bem-estar e também as doenças. Essa prática está em congruência com as teorias
da física quântica e da biologia, onde a humanidade e em especial os
membros de uma família formam na verdade um único todo indissolúvel. Somos
pequenas células de um único organismo e a ideia que existe eu e o outro é
apenas uma ilusão dos nossos sentidos físicos.
As
constelações familiares nos ensinam que a nossa família é a nossa sina.
Entretanto, não estamos irremediavelmente presos a essa sina e podemos alcançar
a cura. Ao compreender os mecanismos desse processo, ficamos na posse do poder
de controlar o nosso comportamento a fim de evitar sofrimento para as gerações
futuras.
As constelações familiares nos dão a
oportunidade de compreender os esquemas em seu nível mais profundo. Elas permitem que nos libertemos, ao mesmo
tempo que encontremos a paz e a felicidade.
Essa teia
de frequência morfogenética, encanta-nos , levam-nos a lugares jamais
imaginados, permitindo-nos perceber que onde quer que estejamos, nunca
estaremos sozinhos, pois sempre levaremos conosco todos os personagens da nossa
existência.
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