Os animais domésticos,
principalmente cães e gatos, abandonaram as suas vidas na natureza e, portanto,
devem, de alguma forma, encontrar significado em suas novas vidas em parceria
com os humanos.
Eles passaram a ter um contato mais íntimo com os humanos. Seus
hábitos, alimentação e, por simpatia, também passam a compartilhar seus campos
mórficos. A partir dessas influências mórficas e comportamentais, tendem a assumir
um papel diferente, porém, continuarão a honrar sua ancestralidade primitiva, mesmo
dentro do novo “ecossistema humano”.
Esta convivência harmônica promoverá uma troca bilateral
de benefícios. Os humanos, nas suas dificuldades existenciais, passam a se harmonizar pela influência da simplicidade dos animais,
de estarem sempre na condição de presença em tudo que fazem, característica marcante dos animais. E e os pets , por sua vez, se beneficiam no processo evolutivo do planeta, com o aumento de sua
capacidade cognitiva, fruto da convivência intima e cotidiana com os seres humanos. Gera-se com isso, uma forma de simbiose que irá promover benefícios evolutivos às duas partes envolvidas.
Antes de continuarmos a tecer os nossos comentários e reflexões sobre a temática do uso da constelação sistêmica para o benefício dos animais domésticos, se faz necessário falar um pouco de alguns conceitos como o que vem a ser Campo Mórfico.
A ideia de CAMPO MÓRFICO foi muito bem sistematizada e compartilhada pelo biólogo Rupert Sheldrake que retomou a antiga tese de pensadores antigos de "um todo envolvente", avançando no seu desenvolvimento, fazendo dela o centro das suas investigações.
Vídeo legendado sobre Campo Mórfico:
Sheldrake descreveu a ideia básica do campo mórfico tomando por base os princípios de Tales de Mileto sobre a alma
e os mundos e as reflexões de Carl Gustav Jung sobre o inconsciente coletivo.
Segundo Sheldrake, todo ser ou estrutura, seja uma
organização, um organismo ou um sistema, vive num campo mórfico que atua como
uma memória na qual estão armazenadas todas as informações importantes do
sistema. Por consequência, cada elemento, como parte do conjunto, está em ressonância
com o todo.
Cada parte desta estrutura participa do conhecimento do todo. Nesta perspectiva, a memória não é considerada uma função ou um mérito pessoal do nosso cérebro, mas um “campo mnésico” do qual estamos permanentemente rodeados, semelhante a um receptor de rádio que está envolto de inúmeras ondas eletromagnéticas e se sintonizamos com a frequência certa teremos acesso as informações daquela onda.
Cada parte desta estrutura participa do conhecimento do todo. Nesta perspectiva, a memória não é considerada uma função ou um mérito pessoal do nosso cérebro, mas um “campo mnésico” do qual estamos permanentemente rodeados, semelhante a um receptor de rádio que está envolto de inúmeras ondas eletromagnéticas e se sintonizamos com a frequência certa teremos acesso as informações daquela onda.
Esta ideia de Campo
Mórfico ou Campo Morfogenético serve
como modelo para entendermos melhor o que acontece nas constelações sistêmicas
de forma geral. Podemos resumir dizendo que, durante as constelações, quando os
representantes entram no “campo”, percebem nos seus pensamentos e
sentimentos sensações como se fossem a pessoa, o órgão, o sistema, animal (pet) ao qual eles estão
representando, como se estes representantes tivessem acesso a um tipo de
arquivo de memórias do representado.
Outro conceito importante, para entendermos a tese de que é
possível se realizar constelações
sistêmicas para harmonizar animais é o conceito de EMARANHAMENTOS SISTÊMICOS.
De forma geral, segundo Bert Hellinger, o emaranhamento sistêmico significa que alguém
no sistema retoma e revive, inconscientemente,
o destino de um outro membro do sistema,
que se encontra em desarmonia, e ai, por amor inconsciente, passará a
reproduzir aquela desarmonia em sua vida. Desarmonia esta que ocorre quando
se deixa de observar alguma das leis
sistêmicas citadas por Bert Hellinger: leis
do Pertencimento, Ordem / Hierarquia e Proporcionalidade / equilíbrio.
Partindo desses princípios básicos e de que os amimais
domésticos se integram aos sistemas familiares, como se fossem membros da
família, começamos a refletir sobre a possibilidade de realizarmos tratamentos de constelação sistêmica
em animais utilizando representantes humanos, condição inversamente análoga às
constelações com cavalos, onde os cavalos é que reproduzem no campo da
constelação as desarmonias dos seres humanos, organizações, sistemas... e levam o constelador e constelados a entrarem no campo da harmonização e compreensão dos processos.
Constelações com cavalos:
Constelações com cavalos:
https://www.youtube.com/channel/UCUY7r1gTbsW1f6QLHwZpCaQ
Humanos como representantes de pets
Quando usamos humanos representando os nossos pets, a consciência humana, mais refinada e com um cognitivo mais apurado, facilita a avaliação e identificação das raízes dos problemas de saúde física e emocional dos animais. Esta conduta terapêutica transcende inclusive o auxilio ao animal, pois reverberará também na ancestralidade do pet, contribuindo com o processo evolutivo de toda ancestralidade desse animal e por consequência na evolução daquela espécie.
A teoria do centésimo macaco:
Nesta perspectiva sistêmica também observamos que os nossos
animais de estimação, por amor incondicional, podem passar a representar
membros humanos da família, trazendo para si as desarmonias, psicossomatizações,
sintomas de exclusões, emaranhamentos de seus donos e de ancestrais dos donos,
que estejam emaranhados com os donos e ao tratarmos os os pets, podemos também estarmos tratando seus tutores (dono) e ancestrais dos tutores e dos pets.
O representante humano, na constelação sistêmica de pets, poderá mais facilmente identificar o
que está levando o animal doméstico a determinadas desordens físicas,
emocionais, comportamentais , sendo também possível ao constelador identificar
que ordens do amor estão em desequilíbrio e harmonizando-as, isso repercutir na
saúde do animalzinho e dos próprios tutores.
Não desejamos com isso atuar como médico veterinário, se assim não formos, mas fica clara a possibilidade de podermos dar um suporte e complemento à biomedicina veterinária, harmonizando o dono e seu animal com a ferramenta da constelação, além de podermos também facilitar o diagnóstico médico, que será feito pelo médico veterinário utilizando complementarmente as informações observadas na constelação.
Leonardo de Paiva
Fisiologista, Especialistas em Biologia,
Fisioterapeuta/Acupunturista e Constelador Sistêmico
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